UM POUCO SOBRE O PROJETO
#DESCOLONIZAR NOSSA MENTALIDADE E PRÁTICAS.
A (RE)pensa Humanidade é uma plataforma virtual possível pelo trabalho de um núcleo de extensão na Universidade Federal de Ouro Preto, junto ao Departamento de História, sendo onze colaboradores, divididos em cinco setores: Educação, Acadêmico, Etnomídia, Podcast e Literatura. Precisamente, atua-se com as elaborações de conteúdos de cunho didático-pedagógico com propostas que incentivam o desenvolvimento e a divulgação de possibilidades científicas, de obras áudio-visuais e literárias de autoria, produção e participação de povos originários no Brasil. Propondo chamar a atenção para afirmação de novas abordagens de narrativas historiográficas que envolvem as chamadas <<Temáticas indígenas>> ou <<Histórias Indígenas>>. Apresentando em seus conteúdos o cumprimento da descolonização das práticas, interpretações, narrativas e agência histórica. Colaborando para auto-inscrição de existência e resistência de corpos destinados ao epistemicídio e ao genocídio <<indígenas>>. Temos como objetivo central produzir e organizar conteúdos, de forma gratuita, disponibilizados como arquivos PDF e organizados na plataforma digital. Uma alternativa possível e urgente para amenizar as negligências em torno da exequibilidade da aplicação da lei 11.645/08, proporcionando a professores, alunos e demais públicos o acesso de material e conteúdos articulados as demandas e interpretações originárias da contemporaneidade, situação presente e núcleo da humanidade, promovendo assim escuta diante as contribuições, resistência e existência destes <<povos originários>> e corpo(s) território(s). Partindo do olhar e referências próprias destes <<povos>>, produzimos outras formas de abordagens de História Oficial e ao Ensino de História, sem mais contribuir com narrativas de contínuos exotismos, estereótipos pejorativos e subalternização dos corpos, etnias, silenciando a pluralidade e transtemporalidade das <<histórias indígenas>>. Nosso objetivo é romper com narrativas sem protagonismo ou menor interesse em deslocar-se à ouvir experiências e tradição como referências. Nosso posicionamento é distanciar da pretenção de demarcar fatos e subjetividades, determinar e minimizar sujeitos, tradições, cosmos ou qualquer construção de outros mundos possíveis.

PESQUISA&SABERES
#DIVULGAÇÃOCIENTÍFICA
#EPISTEMOLOGIASPLURAIS
#PENSAMENTODECOLONIAL
#CIÊNCIAÉPERTENCIMENTO
(RE)Pensa, ao se intitular como "suporte à descolonização e suspensão desta humanidade”, apresenta sua concepção sobre a pesquisa científica. Historicamente diversas contribuições epistêmicas indígenas e cosmovisões não assimiladas pela academia foram invisibilizadas e silenciadas no fazer científico, em detrimento de uma hegemonia de uma epistemologia branca e eurocêntrica. Essa hierarquização, sendo herança colonial, é pautada em uma história única, como se os povos originários estivessem presos ao passado, e também no epistemicídio, ou seja, na invisibilização das contribuições culturais e sociais não assimiladas pelo “saber” ocidental. Por isso, a formulação do (RE)Pensa acerca da produção acadêmica visa, na sua prática e teoria, a descolonização das pesquisas, ao identificar, valorizar e agregar conhecimentos que já circulam fora dos limites acadêmicos.Ao assumir o compromisso de construção de outras epistemologias, de contra narrativas, ruptivas e subversivas, essencialmente há uma responsabilidade com o fundamento teórico e filosófico. As contribuições indígenas, africanas, diapóricas, quilombolas, populares e de povos tradicionais são centrais ao (RE)Pensa Humanidade. Ampliar o horizonte das perspectivas, das pesquisas, e levar em consideração outras escritas, outras fontes, outros formatos e meios de circulação, são os princípios que guiam o (RE)Pensa.
KRAUMA&LITERATURA
#EXPERIÊNCIAS
#IMAGINÁRIOS
#NARRATIVAS
#AUTORIAORIGINÁRIA
Desenvolvido sob a dinâmica do Krauma incentivados pela tradição Puri, propõe conversas transformadas em conteúdos textuais que buscam visibilizar obras já publicadas de autores-autodeclarados indígenas, convidados para transmitir experiências diante o processo de construção da Obra, expondo sobre pertencimento, resgate, inquietação, denúncias, vivências e sobretudo interpretações sobre a convivialidade íntima e coletiva que de forma transtemporal se inicia a partir de um marco cultural e social imposto que é a inscrição como <<indígenas>> demarcando experiências diferenciadas nesta configuração social, histórica e institucional que sempre apontam como o outro, ou distinto.


PODCAST
#ESCUTAORIGINÁRIA
#INTERPRETAÇÕESPLURAIS
#TRANSCULTURALIDADE
#OUTROSMUNDOSPOSSÍVEIS
Ao escolhermos o setor de podcast para a plataforma (RE)pensa, consideramos as infinitas formas de compartilhamento que esse recurso pode proporcionar, se espalhando por diversos âmbitos da sociedade e não apenas o ambiente considerado ‘acadêmico’, ampliando as possibilidades e alcances amplos e plurais na educação que infelizmente, ainda atende a demanda colonial que ignora e silencia as variadas formas de conhecimento em detrimento de uma que se diz universalizante, objetiva, neutra e superior às outras. Com isso, a educação se torna limitada a outras epistemologias, surge então a urgência de modificar essa ordem
EDUCAÇÃO
#UNIDADESDIDÁTICAS
#MANUALDOPROFESSOR
#PEDAGOGIADECOLONIAL
#VALORIZAÇÃODONOSSO
O setor educativo surge a partir da necessidade de expandir os debates e conhecimentos discutidos no projeto “(RE)Pensa Humanidade” para a Educação Básica. Pensando nas baixas taxas de estudos sobre a temática indígena nas escolas, o setor mobiliza-se na tentativa de ajudar docentes e estudantes a desenvolverem assuntos relacionados aos povos originários brasileiros, por meio de fontes e referenciais indígenas. Dessa forma, busca-se estabelecer comunicações mais amplas distantes do racismo, da história única e dos estereótipos que tanto impedem a descolonização da memória e do imaginário dos atores escolares, como também de toda a sociedade.


ETINOMÍDIA
#OCUPAÇÃODETELAS
#PRODUÇÃOORIGINÁRIA
#MOSTRAAUDIOVISUAL
#CINEMA&MÚSICA
A importância do setor de análise audiovisual está na riqueza desse tipo de produção onde a sinestesia prevalece. Imagens e sons são fortes conectores e despertam memórias, sentimentos, desejos e identidades. As atuais necessidades tecnológicas encontradas em nossa sociedade dissiparam esse tipo de produção a um nível nunca antes visto com a ajuda do fenômeno da internet. Logo, a etnomídia deve ocupar também esse rico espaço e que está florescendo intensamente. A Etnomídia, termo que agrega os conceitos de tradição e modernidade, busca ocupar o espaço de fala do povo indígena, onde estes poderão ser locutores de sua própria história, e irão distribuir esse conteúdo de forma abrangente. O lugar de fala e o alcance dessa fala são importantes questões das populações minoritárias. Com a etnomídia podemos alcançar esse nicho.
PRÓXIMOS ENCONTROS
- qua., 22 de jun.Sala do MEET