KRAUMA&LITERATURA
#EXPERIÊNCIAS
#IMAGINÁRIOS
#NARRATIVAS
#AUTORIAORIGINÁRIA
A ideia desse Setor é a de incorporar a Literatura Originária, apresentando novas abordagens pedagógicas no sentido de facilitar o uso dos textos e obras literárias nas mais diversas posições do conhecimento, desde uma pesquisa acadêmica, ao Ensino de Literatura, de História e de Sociologia, em geral. A ideia é evidenciar pertencimentos sociais, a partir das chamadas “escrevivências” (EVARISTO, 2020, p. 26-46), que é a forma de fazer textos literários em que os personagens são os próprios escritores de suas experiências, com base na realidade social contemporânea vivenciada. O conceito tende a mostrar que obras literárias elas não estão só condicionadas ao imaginário de como é a vivência de algumas pessoas.
Ressaltando a necessidade de referenciar e pensar a literatura, para além da sua convencionalidade, é importante reafirmar outros olhares a métodos que envolve a proposta anteriormente apresentada vai de encontro ao pensamento diante da erudição e lugares marcados aos clássicos literários, onde muitas vezes acreditava-se ser possível apenas pra grandes letrados que supostamente apresentavam as realidades brasileiras diante um imaginário forjado, completamente distante da realidade social e individual, com a pretensão de ainda influenciar o pertencimento e levante da uma unidade a identidade nacional, mas que não passa perto de simbolizar a diversidade de seres e da historicidade de comunitária, por isto é preciso vezes minimizar a potencialidade de escritos entendendo melhor o seu lugar bem marcado nas palavras do importante escritor de Daniel Munduruku, que faz lembrar sobre a fragilidade de apegos técnicos:
A escrita é uma técnica. É preciso dominar essa técnica com perfeição para poder utilizá-la a favor da gente indígena. Técnica não é negação do que se é. Ao contrário, é afirmação de competência. É demonstração de capacidade de transformar a memória em identidade, pois ela reafirma o ser na medida em que precisa adentrar no universo mítico para dar-se a conhecer ao outro. O papel da literatura indígena é, portanto, ser portadora da boa notícia do (re)encontro. Ela não destrói a memória na medida em que a reforça e acrescenta ao repertório tradicional outros acontecimentos e fatos que atualizam o pensar ancestral.” [...] Pensar a literatura indígena é pensar no movimento da memória para apreender as possibilidades de mover-se num tempo que a nega e que nega os povos que a afirmam. A escrita indígena é a afirmação da oralidade. (MUNDURUKU, 2018, p. 83-85)
KRAUMAS&LITERATURAS
CONHEÇA O KRAUMA
Por Xipu Puri
Uma narrativa apresentada por transcrição textual que colabora no aprofundamento da transversalidade e da multiplicidade dos textos literários, entendendo-se que estes partem de olhares particulares e subjetivos e, ao mesmo tempo, expõem narrativas de suas próprias experiências no núcleo comunitário, o que abarca, portanto, realidades globais e locais. Importa-nos destacar que este é um exercício profundo que implica na ampliação dos olhares diante de um texto literário como fonte que transcende possibilidades de pertencimento e reivindicações individuais e coletivas, além de representar possibilidades transversais de caracterizar a temporalidade que envolve a criação da obra e sua continuidade, o que possibilita marcar diferenças conceituais e realidades sociais, construindo-se possibilidades críticas a modos da convivialidade.
E-BOOK REFLEXIVO
Por Xipu Puri
"As literaturas de autoria indígena e a indigestão antropofágica ou folclorização"
Este é o título dado ao E-BOOK reflexivo que destaca a obra:
Makunaimã: o mito através do tempo
Autores: Taurepang, Macuxi, Wapichana, Marcelo Ariel, Mário de Andrade, Deborah Goldemberg, Theodor Koch-Grünberg, Iara Rennó Dramaturgia: Deborah Goldemberg
Contribuições dramaturgias: Marcelo Ariel
Ilustrações: Jaider Esbell
Capa & projeto gráfico: Arquivo
Edição: Tadeu Breda
Lançamento: julho de 2019
Páginas: 128
Dimensões: 13 x 18 cm
ISBN: 978-85-93115-34-9
PUBLICAÇÃO EM REVISTAS ACADÊMICAS
“Eu sou Macuxi e outras Histórias”
de Julie Dorrico.
RESENHA DE OBRA COMPLETA
por Maria Eduarda Câmara
“Eu sou macuxi e outras histórias”, de Julie Dorrico, um livro publicado em 2019 pela Editora Caos e Letras, foi resenhado por Maria Eduarda Câmara, aluna de graduação em História pela Universidade Federal de Ouro Preto que no momento compunha a equipe do (RE)Pensa Humanidade no ano de 2022 como voluntária do setor de Literatura, direcionado ao editorial da Revista Hydra (B1 pelo Qualis/Capes 2013 a 2016) ‒ produzida por iniciativa dos estudantes do Programa de Pós-Graduação em História da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH), da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). O texto foi construído a partir da Orientação e Co-autoria de Ana Laura de Morais Uba e se encontra no momento, aceito e em processo de vista as correções indicadas por um trio de corretores, em resumo, estamos na última etapa que antecede a publicação, não sendo possível mencionar uma data precisa de publicação, demarcando que almeja-se que a publicação seja feita ainda no ano de 2023, previsto em edital até 12 meses para conclusão do processo do texto dentro da sessão livre de submissões da Revista.
“Saberes da Floresta”
de Márcia Kambeba
RESENHA DE OBRA COMPLETA
por Maria Eduarda Câmara
O livro “Saberes da Floresta”, de Márcia Wayna Kambeba, publicado pela Editora Jandaíra em 2020, foi escrita por Maria Eduarda Câmara, sob orientação de Ana Laura Uba foi enviada à Revista ORÉ ‒ Revista Discente de Estudos Históricos da UFRJ ‒ em fevereiro de 2023, nesta data, 17 de Abril de 2023, ainda não se tem uma posição do editorial por ser uma submissão recente, e gostariamos de destacar a escolha de envio ao editorial que se deu por conexão com o propósito da revista, que vê como necessária a criação de um canal que promova a transmissão de conhecimentos de forma decolonial e objetiva fortalecer a produção e o debate sobre povos indígenas. Destaca-se que o nome da revista traz o fortalecimento de referências Originárias através do nome “Oré”, uma das designações para a palavra ‘Nós’, em Tupi antigo ‒ Oré é chamado de pronome exclusivo porque diz respeito a um grupo, marca uma distinção entre “os de dentro”, e “os de fora” e, além disso, trata-se do “nós” que compreende uma comunidade, falando-se de um pertencimento que perdura com o passar do tempo ‒.